quinta-feira, 8 de março de 2012

A invenção de Hugo Cabret (Hugo)

Logo de cara, embora vá contra a maioria das críticas, digo que não gostei do filme, vou tentar explicar o porquê.

O filme conta a história de Hugo (que é o mesmo ator que fez O Menino de Pijama Listrado, um fofo) um menino solitário e petulante que vive numa estação de trem cuidando dos relógios e suas engrenagens na Paris dos anos 30. No que podemos chamar de quarto, ele tem um autômato que não funciona, embora esteja consertado, que guarda em si um segredo. Esse autômato, vamos ver ao longo do filme, foi resgatado pelo pai, um relojoeiro vivido por Jude Law, e os dois se empenharam em consertá-lo; o menino herda essa profissão do pai e assume a estação de trem depois de sua morte e do sumiço do tio bêbado, (a mãe morreu).


Uma parte da aventura de Hugo gira em torno da busca de uma chave que parece ligar o autômato e depois de decifrar o que esse pequeno robô desenha como mensagem. Ele e sua mais nova amiga, Isabelle (a mesma atriz mirim que fez a anti-heroína em Kickass), vão em busca de respostas, e parece que, indiretamente, ela está envolvida com aquilo tudo, mais ainda sua família (seus padrinhos, com quem vive).

Não posso deixar de mencionar a atuação de Sasha Baron Cohen, o eterno Borat. Para a minha surpresa, ele tem um papel sério e ao mesmo tempo cômico, sem aquele humor escrachado com que ficou famoso. Ele é um inspetor da estação e seu alvo são crianças de rua que perturbam a ordem na estação, e Hugo, por não ter parentes e viver numa certa clandestinidade (ele roubava comida e peças para o tal autômato) vivia se escondendo. Ele tem uma deficiência na perna, fruto da guerra e se vê atraído por uma vendedora de flores, mas não sabe muito bem como se aproximar... e isso o torna engraçado, e em determinado momento, sensível. Inclusive achei que o personagem dele foi meio infantilizado, com falas e atitudes meio bobocas, como a relação dele com o cão Maximilian... rs.

Aí descobrimos que o tal autômato, e Hugo, é claro, remontam às origens do cinema, à paixão pela arte, ao esquecimento e à tristeza de um senhor que fez questão de apagar o passado.



Diferente do que li numa crítica do Bonequinho Viu, não chorei no final. Não achei nada muito surpreendente, e achei até que o filme repete algumas coisas típicas de filmes que tenham crianças: amizade, inocência, as travessuras, o sonho. Por outro lado, Hugo é um menino, que pela solidão e amor ao pai, quer concretizar o último desejo do pai, que era um paixonado pelo que fazia: consertar aquele autômato.

Em várias partes o filme é bem cansativo e, o final, mesmo sendo emotivo, não achei nada demais.
Ah, e o filme em 3D não tem nada demais não...

Nota: 6.

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