segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Valente (Brave)


Valente é um filme ótimo para o público infantil - fala da relação mãe-filha, dos desejos juvenis, das travessuras, da ousadia, do perdão e do amor. É claro que como um bom filme em que tenha uma princesa, tenha também uma bruxa, um feitiço, essas coisas. Só não tem príncipe!
Para o público adulto alguns furos podem não passar despercebidos... Mas para um filme considerado "infantil", é bem diferente do que costuma ser.


A animação é muito bem feita! Os cenários (o filme se passa na Escócia medieval) e os efeitos são incríveis. As canções e a trilha são bacanas (eu assisti dublado, não sei como tá no original. Mas li que no original as canções estão muito melhores).

Valente conta a história de uma princesa, Merida, uma menina fartamente ruiva que vive em conflito com seus pais (sua mãe principalmente, a rainha Elinor) a cerca de seu noivado e seus futuros pretendentes. Merida é uma aventureira e amante do arco-e-flecha e de cavalgar no seu cavalo. É uma menina corajosa, petulante e ousada. Por outro lado, como tradição de seu reinado, ela enquanto princesa precisa se noivar e ser uma bela "dona de casa". Sua mãe é uma rainha impecável, a etiqueta, o casamento e sobretudo a perfeição são indispensáveis para Merida, segundo a mãe. Merida quer se ver livre das amarras da "tradição", ela não combina com a "fineza" do reinado... Seu principal desejo é "escrever seu próprio destino".


Seu pai, o rei Fergus, é um grandalhão divertido que pensa constantemente em se vingar de um enorme urso que o atacou quando Merida ainda era uma criancinha e arrancou-lhe o pé. Ainda tem os trigêmeos e suas intermináveis travessuras pelo reino.

Por fim, a mensagem que ficou é que coração é o mais importante. É não se impor a regras que vão contra ao que o seu próprio coração deseja, porque assim, será infeliz. Mostra que o diálogo, no caso de mãe e filha, resolveria todos os problemas! (Coisa que o feitiço mostrou às duras penas). Ah, sem falar que é muito legal o fato de que para ser feliz não precisa de um príncipe. rs!
Outro ponto interessante é que a "família" não é perfeita; ela vai se construindo à medida em que seus integrantes trocam experiências e afetos. Até a rainha (que era impecável) teve que aprender a entender o coração de sua filha, e Merida aprender a perdoar. Não sei vocês, mas a Disney sempre seguiu uma tradição moralista nos seus filmes...


Me irritou um pouco a Merida gritando o tempo todo: "MannnhhhêêÊÊêê!", seja para brigar ou para repreender a mãe-urso. Achei a cena em que o rei e os clãs vão em busca do urso no castelo longa demais. No final do filme, quando Merida discursa para todos os clãs e sua mãe transformada em urso tenta passar despercebida, além de ninguém perceber que tem um urso lá, o rei não percebeu! Logo ele que sente o cheiro de longe de urso! Mas tudo bem, nada que comprometa o enredo... rs!

O filme reserva pitadas de humor infantil, tensão e o final é emocionante. Devo confessar que chorei no final! Destaque para a cena da luta entre os ursos no final do filme. Legal!

OBS:O Stonehenge tem um papel importante: é palco das principais intrigas que aparece no filme.

Nota: 7.

domingo, 5 de agosto de 2012

Batman - O Cavaleiro das Trevas Ressurge


O filme é muito longo (quase 3h), então vou tentar ser sucinta. Ah, gostaria de deixar bem claro que NÃO sigo a série nas HQ's, portanto minha análise é de uma pessoa que só conhece o Batman pelos filmes (li uma crítica dizendo que o filme distorce a história original da HQ...), e mesmo assim já não lembro direito do 2º filme (quando teve o Coringa encarnado pelo ator Heath Ledger)...

A sinopse todo mundo já sabe né? Gothan City está praticamente pacificada e Batman não aparece faz 8 anos, eis que surge Bane, um grandalhão que usa uma máscara no rosto e tem um voz medonha, tocando o terror na cidade. Após muita pressão e tudo dando errado, Batman ressurge.


O que mais gostei do filme foi o lado humano e um pouquinho realista dos personagens. Batman está fraco, Wayne falido (foi forçado, mas beleza), a polícia da cidade e as forças militares estão imobilizadas, Selina (a mulher-gato) é uma traiçoeira (ok, vamos dar um crédito pra ela). Batman se envolve em cenas de luta na mão, gostei! 

A cidade vira um caos e Bane estrategicamente dominou todas as alternativas. E os personagens não são caricaturados (só o uniforme do Batman que não gostei...). Por aí se desenrola o filme. Tem um lance interessante, que inicia com o filme e vai até o final, que é um embate entre a mentira e a verdade e os pobres versus os ricos.

As atuações foram ótimas. Christian Bale é sempre muito bom, ele se entrega aos personagens. O mordomo Alfred, embora apareça pouco, é muito boa a sua atuação; Anne Hathaway, a mulher-gato, está ótima! Sua personagem é petulante e ousada. O ator que faz Bane (Tom Hardy) também. A do comissário e a do policial Blake também. Inclusive, ao longo do filme, é perceptível a identificação de Blake e Batman.

Selina Kyle ou mulher-gato
Agora, me desculpem os super-fãs, mas tenho que apontar algumas falhas que reparei no filme. Nada que estrague, mas não passou despercebido. Tudo bem que é um filme de ficção e de super-herói e obviamente terão coisas sem uma explicação muito razóavel...


SPOILERS!

Não me lembro da ordem dos acontecimentos, então vai de acordo com a minha memória.

Batman, depois de um mano-a-mano com Bane, vai preso. A prisão parece ficar no meio de um deserto e todos podem escapar, desde que escalem um túnel à céu-aberto onde, conta a lenda, que somente uma criança, há anos atrás, conseguiu escapar. Só que Wayne (porque aí ele já está um farrapo, sem uniforme nem nada!), na briga, teve uma das vértebras expostas!!! Aí um velhinho que cuida dele dá um soco e "põe no lugar". Rsrsrsrs! Depois disso ele realmente se recupera e já começa a bateria de exercícios físicos e tal! Achei forçado, mesmo porque Batman não é um super humano...
Outra coisa nonsense é que nessa prisão, toda vez que alguém tenta fugir pelo poço, tem uma galera na torcida, dando gritos, motivando. Achei engraçado!

O que foi a morte da Miranda?! Tosca demais!!! 

E por fim, o que achei estranho foi que Bane, que assume o papel de vilão central em praticamente todo o filme, desaparece no final do filme. Ele é quem corrompe os políticos, organiza seu exército, põe medo na cidade, e no final ele simplesmente some, quer dizer, ao descobrirmos o "mandante" daquele terrorismo todo, ele sai de destaque e não aparece mais. Eu, como telespectadora, fiquei me perguntando o que aconteceu com Bane depois de no filme todo ele ser um quase-protagonista.




Achei o final bem legal e os efeitos são muito bacanas!
Li algumas críticas que elogiaram muitíssimo o diretor por fazer uma bela adaptação dos personagens das HQ's para o filme. Disseram que foi sutil e natural.

Bom, é isso. Gostei porque os personagens demonstraram medo, carinho, amor. Tiveram em suas vidas histórias tristes e de decepção (muito comum por sinal em super-heróis né, rs, mas acaba deixando mais real), e os efeitos são muito legais. 

Bane
Ficaram as perguntas: como Batman se livrou de uma bomba nuclear (se é que se livrou... mas se livrou sim...rs)? Wayne e Selina ficam juntos ou foi uma fantasia de Alfred??

Ah, e Batman está tão sussurrante quanto antes!!!

E sério, eu realmente não acho que Batman acaba por aí...

Não sou fã de nenhum filme de super-heróis e tal, mas Batman pra mim, é o melhor. Batman consegue mexer com a fantasia humana de poder né?


Abaixo segue um link com uma entrevista com Christian Bale, Gary Oldman (o comissário) e o carinha que fez o policial:


Nota: 8,8