sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Ano Bissexto (Año Bisiesto)

Conta a história de Laura, uma jornalista, que definitivamente tem uma vida monótona e patética. Vou explicar. Ela mora só e às vezes faz trabalhos no próprio pc de casa e só. Nada mais. Laura é sozinha.

Observa a vida de seus vizinhos e ao telefone só conversa com sua mãe e com seu irmão. Que por sinal, são assuntos corriqueiros e desinteressantes. Nada demais.

Ela não reclama claramente de sua vida, mas nota-se uma sem-gracice aguda. Para quem assiste torna-se chato também, é um filme que quase nada acontece, não tem trilha sonora, é o próprio som ambiente, ouve-se silêncios e a monotonia é quase palpável. Por um lado é bacana porque a gente sente aquela vida, por outro, é cansativo.

Laura costuma sair à noite e transar com carinhas patéticos... Está habituada: homens sem-graça, os quais não quer saber o nome nem nada. É só sexo. Até que um desses a chama a atenção e ela se entrega. Aos poucos vão surgindo atos sadomasoquistas entre os dois... e eles começam a curtir muito. Até ela fazer um último pedido extremo, que ao mesmo tempo dá conta de sua vidinha medíocre e testa o afeto que ele sente por ela.


Será a dor e a lembrança da morte um catalisador para a vida?

Laura tem uma relação próxima com o pai falecido há 4 anos, que justamente morreu em 29 de fevereiro, e ela, será que sobreviverá?
A vida de Laura parece não ter muito sentido... Apenas quer ser mãe um dia, ela e o filho.

É um filme mexicano, que por sinal estão produzindo filmes bem legais. Esse filme passou no Festival do Rio de 2010.

Nota: 5.


Sugestão de leitura de uma crítica que gostei: http://www.jblog.com.br/leiacinema.php?itemid=23932

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Precisamos falar sobre Kevin (We need talk about Kevin)

É um filme muito perturbador. Dormi e acordei pensando nele... Mas antes que pensem que é um filme de terror ou de violência gratuita, digo que não é. É um filme muito bem feito, com atuações brilhantes e olhares aterradores.

Com poucos diálogos é um filme que mostra o sofrimento intenso da mãe, Eva (Tilda Swinton), de um psicopata ainda adolescente, Kevin. No início do filme você já pressente que não vai vir coisa boa, e quando acontece algo de ruim, a expectativa é de que algo muito pior esteja por vir. Foi assim que me senti durante todo o filme, fiquei tensa esperando o que de ruim fosse acontecer, e realmente, acontece.

O filme é contado de maneira bem interessante: é picotado com cenas do presente e do passado, que vão revelando o que aconteceu para culminar naquela vida massacrada que é o  presente de Eva. Outro ponto que achei original é o foco do filme ser na mãe de um psicopata e não nele. Todos os filmes do gênero mostram como protagonista o psicopata e suas crueldades, nesse não, mostra a figura que esteve presente desde o início: a mãe, e claro, todo o sofrimento e a dúvida que persiste.

Capa do livro
Eva é casada com Franklin e decidem ter um filho, Kevin, e desde pequeno Kevin e Eva têm uma relação de estranhamento, distância e confronto; ele ainda criança manipula os pais (e outras pessoas também se for necessário, como a médica quando ele quebra o braço) e sabe como extrair proveito das situações. A cada resposta dele, Eva parece ficar muito surpresa e assustada. O pai é muito carinhoso e nada suspeita do menino. Alguns anos depois eles têm uma menina, Celia.

Desde quando Kevin era bebê, se torna nítida a dificuldade que Eva tinha de ser mãe - mudar de vida, abrir mão de muitas coisas, ter que ser amável quando o bebê só chora, ter paciência quando a criança se recusa veementemente a falar "mamãe".

É muito interessante as cenas do filme marcadas pelo silêncio, pelo olhares cínicos e medrosos, pela cor vermelha que remete ao sangue e é profundamente doloroso assistir todo o sofrimento que Kevin vai gerando nas pessoas, principalmente em Eva e somente ela nota isso. O ato, que dura o filme todo, de tirar a tinta vermelha da casa parece indicar que o passado está presente, ali, escancarado, mas também um processo de limpeza, de tentar sobreviver quando já se perdeu tudo, só restou dor e medo.

No presente Eva é execrada e humilhada constantemente pelas pessoas que não esquecem (e não tem como esquecer) da tragédia que Kevin provocou na escola... Ela fica sendo a "mãe que criou o monstro". Viver sob esse estigma é muito difícil.


O terror do filme é outro, é uma rejeição e um afrontamento sutis, lento e muito cruel. Taí, crueldade é uma palavra que marca o filme, e é tão provocador que Eva não resiste e cede algumas vezes à ela e faz parte do jogo de Kevin.


É um filme que faz pensar de onde e como surge a psicopatia. Mas sinceramente, ainda é uma grande incógnita.

Ele rompe com a idéia da maternidade ser algo maravilhoso; e quando a criança se torna insuportável? O quê fazer?

Eva procura respostas, leva Kevin ao médico e é constatado que ele é uma criança normal. Como fica a cabeça de uma mãe que não tem absolutamente nenhuma explicação para justificar o filho problemático?

Não concordo com expressões como "a criança maldita" ou "filho do demônio" ou "a encarnação do mal", coisas do tipo... Minha hipótese é que a crueldade e o belo coexistem no ser humano, é claro, que não tô discutindo aqui condições de maus-tratos e miséria social, mas a essência humana.
Não acho frutífero também pender o debate para a religiosidade, como possessões e afins. 

O título é emblemático, em nenhum momento é conversado abertamente sobre e com Kevin. Eva simplesmente convive e se "acostumou" com Kevin e com o sofrimento.


Eu diria que o auge do filme não é somente quando nos é revelado a tal tragédia que Kevin provoca, que é extremamente terrível, mas sim no finalzinho mesmo, quando ela pergunta o porquê de tudo aquilo. Para mim foi a parte mais tensa e cruel... Procurando críticas sobre esse filme, li alguns comentários interessantes que mostram algumas partes do livro (é, tem um livro que deve ser MT melhor/pior) e tem uma frase que, para mim, explica toda essa relação com a mãe. Ele diz: "Quando a gente prepara um show, não atira na platéia". 

Pra mim é isso, é esse o sentimento que Kevin tem por Eva e tudo que ele faz é para ferí-la. Sem motivo, só por ferir, como ele diz, que o propósito é não ter propósito. 

É um filme muito duro, terrível de se assistir, mas interessantíssimo!

Nota: 10.





Gostaria de pedir atenção aos spoilers, quem achar que é preciso revelar a trama para a discussão, avise por favor que contém SPOILERS! Ok?




terça-feira, 17 de janeiro de 2012

A Outra Terra (Another Earth)

É um filme que, à primeira vista parece ser de sci-fi, mas não é o foco, tipo Melancolia, onde o outro planeta se torna um detalhe para as ações humanas. 

Nesse caso, os cientistas descobrem um planeta que à princípio é muito semelhante à Terra, e aos poucos parece que a Terra-2 é realmente uma cópia da nossa com algumas diferenças... É a tal da Teoria do Espelho. Será que a nossa vida lá seria diferente da minha aqui? Essa pergunta vai ser crucial num dado momento do filme...

Mas como eu disse,  o planeta 2 não vai ter ênfase, e sim a vida de Rhoda (Brit Marling) que, sabendo que passou para o MIT aos 17 anos, faz uma comemoração com muita bebida. Ao retornar para a casa, observando um ponto no céu, provoca um acidente de carro e mata uma mulher que estava grávida e o filho, o marido se salva depois de ficar em coma por algum tempo.

Rodha fica presa por 4 anos e depois é liberada por ser menor de idade. Ela começa a trabalhar na limpeza de uma escola, porque, segundo ela, não tinha contato com pessoas. Dá pra perceber a dor e a culpa que ela sente. Há um grande vazio em Rhoda.

Ela decide ir pedir desculpas ao homem, John (William Mapother), que sobreviveu - ela sabe quem é, pois era um renomado maestro, que está em profunda depressão desde o acidente. Ela vai até a casa dele, só que ela não consegue pedir desculpas e inventa que está ali para oferecer os serviços de limpeza doméstica de uma empresa e ele aceita. E aí eles vão se aproximando... 

Eis que uma equipe de cientistas vai tripular uma viagem até a Terra-2 e lançam um concurso inédito: vão abrir uma vaga para aquele que escrever uma história contando o porquê merece ir para a Terra-2. O mundo inteiro disputa essa vaga... Indecisa, Rhoda escreve e parece querer sair daquele lugar que só a faz lembrar da dor que causou e da culpa que a corrói diariamente. Dá a impressão que ela só está viva para pedir desculpas ao John...

Eu sei que não ficou tão clara a ligação entre Rhoda e a Terra-2, mas não dá pra falar mais senão vira um spoiler... rs!

Eu super recomendo! É um filme de poucos diálogos, de semblantes pesados, olhares tristes, cenas escuras e monocromáticas e de um final MUITO interessante! Posso dizer que Rhoda talvez tenha tido a sua redenção...

Nota: 9.


Gostaria de pedir atenção aos spoilers, quem achar que é preciso revelar a trama para a discussão, avise por favor que contém SPOILERS! Ok?

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

A Chave de Sarah (Elle S'Appelait Sarah)

Foi um filme que eu gerei muita expectativa, mas não fui correspondida...



Conta a história de uma jornalista chamada Julia (Kristin Scott Thomas) que vai escrever uma matéria sobre franceses judeus que, na época do nazismo, na 2ª Guerra Mundial, foram mortos pelos próprios militares e policias franceses, e acaba por descobrir um fato que aconteceu à uma menininha...

Ela sai em busca do que aconteceu à essa menina, Sarah (Mélusine Mayance), que conseguiu escapar do campo de concentração na França, para cumprir a promessa que fizera à seu irmãozinho que ficou escondido em casa, num armário, e ela ficou com a chave e jurou voltar e soltá-lo.

Julia então vai descobrindo o que aconteceu à Sarah e vai em busca de sua história...e Julia descobre que tem relação com Sarah! Ao mesmo tempo, Julia está vivendo um drama pessoal, descobre que está grávida e seu marido não aceita essa gestação... 


Basicamente é isso, não dá pra contar mais. Foi um filme que não me surpreendeu - a história, as atuações, a trama, as descobertas, enfim, nada me chamou a atenção. Achei um filme comum.


Achei bonito a determinação da Sarah em cumprir sua promessa e de Julia em revelar e trazer à tona a história de Sarah. Inclusive, no final, ela faz uma bela homenagem à Sarah.
Sem contar do fato histórico que poucos sabem: a de que os franceses mataram seu próprio povo em nome de Hitler.
Achei interessante a forma como o filme é contado: cenas do passado e presente se entrelaçam e vão mostrando para o público o andamento dos eventos sem ficar confuso. 

Nota: 5.

Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=-DaWXz2oPL8

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

As Flores da Guerra / Flores do Oriente

É um filme ambientado durante a guerra sino-japonesa em 1934 e conta a transformação de um homem chamado John (Christian Bale) que de charlatão passa à padre para salvar as meninas do convento e algumas mulheres de um bordel. 


O cenário é um convento onde estão abrigadas as meninas e, depois, algumas mulheres prostitutas, todas chinesas. O país é a China e o filme consegue retratar a realidade dessa guerra. Os japoneses foram extremamente cruéis com o povo chinês, fosse com militares ou não, e o filme mostra toda a violência ao qual os chineses foram submetidos. É muito triste.


John chega ao convento como um fanfarrão - se esconde, quer dinheiro da igreja e tenta seduzir uma das prostitutas para uma noite, mas aos poucos ele vai sendo chamado a participar do sofrimento alheio, as mulheres e as meninas são alvo constante dos ataques dos soldados japoneses - estupro em massa era muito comum. Logo no início, resta um último pelotão chinês, e de cara, vemos o sentimento da guerra: morrer para matar. Resta um único soldado, exímio atirador, que num último ato de bravura leva aos cuidados das meretrizes um garoto que foi ferido e, sozinho, mata um pelotão inteiro japonês. 


John se envolve cada vez mais na situação, até que recebem uma inesperada surpresa: o exército japonês promete proteção às chinesas levantando suspeitas. O que pretendiam os nipônicos? John se passa por padre para protegê-las, enquanto as mulheres ficam escondidas.


Me emocionei várias vezes no filme pelo sofrimento, pelo amor, pela coragem, tanto das crianças quanto das cortesãs. De início cada um pensa em si, mas depois a compaixão e a coragem falam mais alto, e numa guerra, isso é correr risco de vida.


Não posso deixar de dar os créditos ao menino George, filho do padre responsável pela igreja que foi morto, que tinha como missão pessoal proteger as meninas. Ele que se questionava se tinha essa capacidade, demonstra ser um grande herói.


Achei que o papel de Christian Bale poderia ter sido mais impactante, achei ele muito "americano": tentava suavizar aquilo que era de mais aterrador. Senti falta de alguma cena dele de total desespero, achei que pedia isso. Porque a história vai se encaminhando prum final de sacrifícios, e ele está no meio disso como o salvador. É uma situação muito desesperadora.


As atuações foram as que mais me impressionaram, as crianças, os soldados, as mulheres, o menino, todos foram incrivelmente tocantes, passaram o medo e o sofrimento em que viviam.
Aos poucos vai se revelando que todos os personagens foram marcados durante suas vidas por intensa dor. É terrível.


É um filme que vale muito ver pelo cunho histórico e pelas belas atuações. Embora não seja um filme de guerra, mostra muitas cenas da guerra. 


Atenção às canções cantadas no filme... Lindas!


Nota: 10.


Abaixo um link com mais uma crítica e o trailer.
http://www.cinemadetalhado.com.br/2012/01/critica-as-flores-da-guerra-flowers-of.html

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

O preço do Amanhã

Um filme que me chamou atenção pela idéia: numa determinada época, o tempo virou moeda de troca. Sensacional não? Mas me decepcionei profundamente com o filme...


A película conta a história de Will Silas (Justin Timberlake) que ganha uma quantidade enorme de tempo e se vê envolvido numa morte onde é suspeito de assassinato. Fugitivo, se infiltra na Zona onde vivem os ricaços (entenda-se "ricaços" como aqueles que têm mais tempo de vida) e, 'acidentalmente', sequestra a filha, Sylvia (Amanda Seyfried) de um deles para fugir, e claro, se envolvem num romance e tentam mudar o mundo (entenda-se, roubar tempo dos ricos e dar aos pobres. Lembra alguma coisa?).


O enredo tinha tudo pra dar certo: com os avanços da tecnologia, as pessoas só "envelhecem" até os 25 anos de idade, em contrapartida, só podem viver por mais 1 ano. Então o tempo passou a ser o item mais importante da vida, luta-se por mais tempo. As pessoas tem um relógio vital estampado no antebraço e podem trocar tempo entre si. Zerando o relógio a pessoa morre.


Os ricos são aqueles que têm muito tempo e os pobres sobrevivem contando geralmente com 24h por dia... Existem Zonas que são uma espécie de guetos onde os pobres vivem e existe a Nova Greenwich, uma zona para o ricos. Nas zonas pobres as pessoas morrem pelas ruas e correm, na zona rica tudo é organizado, bonito e caro. Lembra alguma coisa da nossa realidade? 


Existem bancos onde vende-se tempo a juros exorbitantes, ou seja, aos pobres é destinado mais pobreza e morte. Existe também os Guardiões do Tempo, tipos policiais que controlam o uso e a quantidade de tempo das zonas pobres, e são eles que vão atrás de Silas acusando-o de homicídio.


Sylvia, a filha do ricaço, sonha em viver fora daquela riqueza toda e sente inveja dos pobres... E quer fugir com Silas e fazer justiça. Ok. Mas isso me lembra mais alguma coisa também...


Clichês e coisas sem noção acontecem durante o filme todo. Algumas amostra: Silas se safa em todas as ocasiões e o xerife Guardião do Tempo perde em todas, a mocinha que nunca tinha pego num revólver acerta em cheio um Guardião; ela corre em todas as cenas num salto 15; as cenas em que Silas usa o revólver são toscas (nenhuma habilidade), o casalzinho capota num carro conversível e logo em seguida já saem correndo e logo em seguida já estão na Zona pobre (eles tinham acabado de sair da zona rica, são distantes obviamente), enfim, esses tipos de coisa que enfraquecem um enredo que seria excelente... As frases de efeito e os diálogos são fracos e as cenas de ação não convencem.


Ah, e tem a participação do ator que faz o Leonard em Big Bang Theory! Mas é uma participação pequena.


Tem até um princípio de discutir o que pra mim seria o mais interessante: qual o preço que pagamos para não envelhecermos? Quais os problemas da juventude eterna? A imortalidade é possível? Se sim, qual o preço dela? A ciência e a tecnologia tem limites? Aproveitamos o nosso tempo hoje? Se tivéssemos uma cota de tempo, o que faríamos com ele? O que faríamos para comprar mais tempo num mundo desses?
Mas só levantaram, não aprofundaram essas e outras discussões...


Nota: 2.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

Missão Impossível - Protocolo Fantasma

Para quem é fã da série vai gostar desse filme. Tem muita ação do início ao fim! Mas é aquilo: os "mocinhos" nunca se machucam... Quer dizer, o agente Hunt (Tom Cruise) se ferra o filme todo, contudo fica com uns machucadinhos sabe... Rs! Tem pelo menos duas cenas em que ele bate pra valer, coisa de quebrar o braço e fazer desmaiar, e ele levanta ileso; o máximo uma perna mancando! Enfim... 


Mas algumas coisas foram diferentes. A super equipe de Hunt penou o filme todo. Quase todas as missões não saíram conforme o planejado, e eles falharam em algumas coisas... Inclusive, dos 4 agentes, 2 já tinham falhado em missões anteriores...
Não tiveram gostosonas nem cenas picantes também.


Os cenários foram muito bem escolhidos: tem Ìndia, Dubai, Rússia... Sem dúvida, a cena mais eletrizante é quando o agente Hunt precisa escalar o prédio mais alto do mundo... Pelo menos ele hesita, ou seja, ele não é tããããooo destemido assim... Rs! Achei bacana a tempestade de areia e os recursos hiper tecnológicos usados no filme.


Ah, sim, pensei que não fosse mais encontrar esse super clichê, mas não tem jeito, uma hora aparece! O mote do filme era o risco de guerra nuclear entre EUA e Rússia. Na boa, já deu há muito tempo isso hein?! 


Achei que faltou humor, que é uma marca nesse tipo de filme. Até tiveram piadinhas, mas achei sem-graça... Ah, e como não poderia deixar de ter: carros turbinados e lugares luxuosos. Coisas que demarcam bem uma ficção... rs!


Achei que Tom Cruise está ótimo encarnando o agente Hunt, as pessoas envelhecem e os agentes também, oras!


No final tem uma grande revelação, mas sinceramente não fiquei surpresa... Sabe aquela coisa que no fim tudo acaba relativamente bem? Pois é.
E é um tipo de filme que fica difícil acompanhar todos os lances, entender o plano e cada detalhe, muita coisa passa batido.


Nota: 7,3.


http://www.missaoimpossivelofilme.com.br/
Tem joguinhos, fotos e explica algumas coisas.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Melancolia

Finalmente assisti esse filme que tanto queria ver! Mas sinceramente não tenho muito o que falar... Na verdade, não SEI bem o que dizer sobre o filme... Lars von Trier brinca com as imagens, sentimentos e com a loucura humana.


O filme é bem "disgusting", desagradável.


Conta a história de duas irmãs um pouco antes do choque entre um planeta chamado Melancolia e a Terra, ou seja, fim de tudo.
O filme é dividido em 2 capítulos, o primeiro é Justine (Kirsten Dunst), a irmã mais nova e que vai se casar. A irmã mais velha organiza e prepara a suntuosa festa. Justine tem depressão e aos poucos vamos percebendo o quanto ela vai ficando pior... Boa parte do filme se passa na festa do casório e é desastre após desastre. Fiquei tensa pensando o que viria de ruim...


O segundo capítulo é Claire (Charlotte Gainsbourg, a mesma atriz que fez a mãe no Anticristo), a outra irmã. Claire ajuda Justine ao máximo, acude, é afetuosa, tem cuidado. É casada com um ricaço e eles têm um filho chamado Leo. Claire fica com muito medo desse planeta que, à princípio, iria passar muito perto da Terra, mas depois descobre-se que vão entrar em colisão. Ela desde o início acredita que os dois planetas teriam uma "rota da morte".


Bom, é isso, uma pessoa que está com depressão cada vez mais intensa e uma outra que vai ficando com medo cada vez maior... E esses ingredientes vão se apurando até o limite.


Achei o filme lento, angustiante e muitas coisas sem sentido. Mas suspeito que seja exatamente esse o objetivo de Lars von Trier, mostrar a insensatez humana e o não-sentido das coisas. A vida muitas vezes é louca e ponto.


Ah, a trilha sonora é muito boa.

Mas uma pergunta que me veio: Porque será que um planeta teria esse nome?!


Nota: 6,8.


Não posso subestimar esse filme, parece que eu não alcancei a totalidade de sua essência... Parece mostrar muito além daquilo que percebi. Ah, e nada no filme é à toa, tudo tem um sentido, é um sinal de alguma coisa. Vai por mim.





Gostaria de pedir atenção aos spoilers, quem achar que é preciso revelar a trama para a discussão, avise por favor que contém SPOILERS! Ok?