sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

As Flores da Guerra / Flores do Oriente

É um filme ambientado durante a guerra sino-japonesa em 1934 e conta a transformação de um homem chamado John (Christian Bale) que de charlatão passa à padre para salvar as meninas do convento e algumas mulheres de um bordel. 


O cenário é um convento onde estão abrigadas as meninas e, depois, algumas mulheres prostitutas, todas chinesas. O país é a China e o filme consegue retratar a realidade dessa guerra. Os japoneses foram extremamente cruéis com o povo chinês, fosse com militares ou não, e o filme mostra toda a violência ao qual os chineses foram submetidos. É muito triste.


John chega ao convento como um fanfarrão - se esconde, quer dinheiro da igreja e tenta seduzir uma das prostitutas para uma noite, mas aos poucos ele vai sendo chamado a participar do sofrimento alheio, as mulheres e as meninas são alvo constante dos ataques dos soldados japoneses - estupro em massa era muito comum. Logo no início, resta um último pelotão chinês, e de cara, vemos o sentimento da guerra: morrer para matar. Resta um único soldado, exímio atirador, que num último ato de bravura leva aos cuidados das meretrizes um garoto que foi ferido e, sozinho, mata um pelotão inteiro japonês. 


John se envolve cada vez mais na situação, até que recebem uma inesperada surpresa: o exército japonês promete proteção às chinesas levantando suspeitas. O que pretendiam os nipônicos? John se passa por padre para protegê-las, enquanto as mulheres ficam escondidas.


Me emocionei várias vezes no filme pelo sofrimento, pelo amor, pela coragem, tanto das crianças quanto das cortesãs. De início cada um pensa em si, mas depois a compaixão e a coragem falam mais alto, e numa guerra, isso é correr risco de vida.


Não posso deixar de dar os créditos ao menino George, filho do padre responsável pela igreja que foi morto, que tinha como missão pessoal proteger as meninas. Ele que se questionava se tinha essa capacidade, demonstra ser um grande herói.


Achei que o papel de Christian Bale poderia ter sido mais impactante, achei ele muito "americano": tentava suavizar aquilo que era de mais aterrador. Senti falta de alguma cena dele de total desespero, achei que pedia isso. Porque a história vai se encaminhando prum final de sacrifícios, e ele está no meio disso como o salvador. É uma situação muito desesperadora.


As atuações foram as que mais me impressionaram, as crianças, os soldados, as mulheres, o menino, todos foram incrivelmente tocantes, passaram o medo e o sofrimento em que viviam.
Aos poucos vai se revelando que todos os personagens foram marcados durante suas vidas por intensa dor. É terrível.


É um filme que vale muito ver pelo cunho histórico e pelas belas atuações. Embora não seja um filme de guerra, mostra muitas cenas da guerra. 


Atenção às canções cantadas no filme... Lindas!


Nota: 10.


Abaixo um link com mais uma crítica e o trailer.
http://www.cinemadetalhado.com.br/2012/01/critica-as-flores-da-guerra-flowers-of.html

5 comentários:

  1. Adorei o filme também.

    Essa outra capa do filme que vc colocou por último é linda!

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  2. Veronica,

    Obrigado pelo contato e por me fazer ler este texto. Concordo plenamente com o que disse, quando afirmou que falou uma grande cena com Bale, porém reforço também que isso não deixa de fazer com o que o filme seja motivante, lindo e emocionante. Gostei bastante! Apareça mais vezes!!!

    Abraços!

    Tiago Britto - Cinema Detalhado

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  3. É uma das capas mais bonitas e criativas que já vi também Karzin. Ao olhá-la já dá pra perceber o tom do filme.

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  4. Ah sim Tiago, o filme é sensacional! Mas pelo talento de Bale, achei que ele podia ter tido um momento de "queda", mas acho que os demais atores o representaram muito bem.

    Aparecerei sim, e vamos fazer um diálogo entre blogs!

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  5. Depois de me maravilhar com Help! (Histórias Cruzadas), emociono-me com Flores da Guerra. Que senhor filme! Por todos os motivos que o TIAGO e a VERÔNICA já declinaram. E, realmente, essa é uma das capas mais geniais que já vi. É... a julgar por esses filmes que citei, prenúncio de um cinema alvissareiro em 2012.

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