terça-feira, 5 de novembro de 2013

Ferrugem e osso (De rouille e d'os)



Ferrugem e Osso é um filme que conta o romance de um casal e as crueldades cotidianas, tanto as impostas pela vida, como aquelas impostas pelos próprios personagens aos outros ou a si mesmos.

Stéphanie é uma treinadora de orcas num parque aquático e Ali é um homem que vai com seu filho morar na casa da irmã. Os dois se conhecem numa boate onde ele é o segurança e ela se envolve numa briga. Acontece um grave acidente e Stéphanie perde as duas pernas, da altura do joelho pra baixo (isso não é spoiler!) e precisa se readaptar à sua nova realidade, enquanto isso, Ali passa por empregos "duvidosos" e vive em conflito com o filho e com a irmã.


à direita, a irmã e o filho de Ali
Ali é insensível, um tanto rude, maltrata o filho; trabalha para ter dinheiro (não se importa com a natureza do trabalho) e se envolve com mulheres por sexo apenas. Ali, mesmo sendo assim, é aquele que traz uma nova luz à Stéphanie, e ela, na sua tristeza, é um suporte para Ali (vide a cena da luta em que ela sai da van e vai ver de perto). Por fim, começa a trabalhar como lutador em lutas vale-tudo clandestinas e fica obcecado com a nova forma de renda, nessa altura, ele e Stéphanie se aproximam, ele a leva para nadar e fazer pequenos passeios.




O bacana desse filme é a relação dura dos corpos com as crueldades da vida dos personagens. Há cenas violentas como nas lutas, a amputação de Stéphanie, o desespero de Ali no gelo para resgatar seu filho (inclusive, que cena! Talvez, aí seja o único momento que Ali "desaba"), onde a dor, o sangue, o impacto na carne não fazem muita diferença e, ao mesmo tempo, fazem parte da vida.


Destaque para a atuação dos atores, excelente!
O efeito especial nas pernas amputadas é perfeito, fiquei em dúvida se seria real ou não (embora nunca tivesse ouvido falar que a atriz Marion Cotillard não tivesse as pernas. É porque tem um filme "Sinais Vitais" onde a atriz não tem as pernas mesmo).


Uma cena que me chamou atenção foi a de Stéphanie voltando ao aquário e se encontrando com uma das orcas e se comunicam pelo vidro. Lindo e sensível.



Será que as tatuagens que ela faz nas pernas (ela tatua "esquerda" e "direita") fazem referência às lutas de Ali?

Fiquei pensando muito no título. Talvez o "osso" representasse aquilo que é corporal e "ferrugem" a degradação desse orgânico. De certa forma, os personagens vivem essa metáfora.

Nota: 9.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Elena


Elena é um documentário brasileiro de 2012 que fala sobre suicídio e luto, mas, diferente de filmes que tratam desses assuntos e, apesar se ser um documentário (amo documentários, quis dizer que falar de suicídio nessa categoria pode ser muito duro), é poético, mas sem ser romântico. Não é uma tentativa de "morte romântica".
A forma como o documentário é rodado é bem diferente, não sei o nome técnico, mas mostra imagens soltas, não é um contínuo. Esse clipe do Moska usa essa técnica:

Petra em NY
O documentário mostra a busca da irmã de Elena, Petra (que é a diretora e a atriz do documentário), em busca da irmã. Ela está em Nova York, cidade onde passou parte da sua infância e onde Elena se lançou para uma nova carreira de atriz na juventude.

As imagens as quais me referi acima são recortes de filmagens que Elena fez desde quando ganhou uma filmadora, na década de 80 eu acho, e imagens que Petra faz na NY atual. Tem as palavras da mãe das duas, o apartamento onde moraram, as ruas, as luzes, as gravações de áudios de Elena (que substituía as cartas por áudios). Petra parece trilhar os mesmos passos da irmã: se identifica com os diários dela, se identifica com a tristeza que a irmã sentia, quer ser atriz, vai estudar em NY.

fragmento do diário de Elena

Petra é o bebê e Elena


Ao final (sem ser um spoiler), Petra encontra a irmã, se reinventa e cria novos caminhos, à luz do que a irmã significou para ela.

atuação de Elena no teatro
mãe de Elena e Petra
É um documentário muito bonito. No início, pode parecer estranho, porque não se vale de contar uma história linear, com a câmera acompanhando os personagens; é outra coisa, são imagens, tais como se fossem o conteúdo de uma memória - sem ordem, acronológica, caótica muitas vezes - que fala de uma pessoa que morreu, o que foi a história com essa pessoa, as narrativas ouvidas, as imagens captadas (também as filmagens feitas por Elena), os recortes de jornais, enfim, uma trajetória, ainda que muito curta, criada por Elena, em que Petra, resgata, reconta e se reencontra.

Elena e Petra


Para mim, o luto, ou melhor, a falta de alguém que morreu, é algo que fica para sempre. É uma cicatriz simbólica, é uma marca que fica. E foi justamente essa falta e tudo que ela representa que foi referência para que Petra trilhasse seu caminho.

Nota: 9.

terça-feira, 8 de outubro de 2013

A Parede (Die Wand / The Wall)


É um filme alemão de 2012 e um tanto inusitado. Tem paisagens deslumbrantes e a trilha é brilhante, salpicada ao longo do filme, não tem uma cena em que a música se estenda, é pontual. É um filme lento e silencioso.

Conta a história de uma mulher, que vai ficar na casa das montanhas com um casal, não sabemos quem eles são e qual a relação entre eles. Esse casal sai e no dia seguinte, quando a mulher acorda, não os encontra e descobre que ela está "presa" dentro de uma espécie de redoma que a impede de passar por além dos limites da parede transparente e parece que o que está "do outro lado" parou. 

aqui é uma parte da redoma. Detalhe para as paisagens!


Parece que ela vive num lugar isolado e esquecido do mundo.
Sobre a mulher não sabemos seu nome e ela praticamente não fala o filme inteiro, ouvimos a narração em "off" do diário que ela começa a escrever com papéis que encontra pela cabana.



O que me impressionou foi a personagem ser impassível e conformada à nova realidade: se adaptar para tornar suportável. Ela não se rebela, tenta se adaptar àquilo. Somente num sonho aparece ela gritando, só no sonho. Isso foi um incômodo pra mim. Numa situação-limite como essa, a loucura seria um escape privilegiado, mas a mulher simplesmente aceita aquela situação, ela tenta romper a barreira invisível algumas vezes (inclusive tenta avançar com o carro), mas nada que a fizesse desesperar. Será que o pensar constante, o amor (pelos animais) e a escrita a impediram de se entregar às fantasias e alucinações? Ou seria essa realidade uma forma de loucura?

Nessa trajetória, alguns animais a acompanham, principalmente Luchs, um cão que a acompanha em todos os lugares: nas caçadas, nas colheitas, nas caminhadas. Tem também a Bella, que é uma vaca, um bezerro, e dois gatos, além do corvo branco, mas esse com menos contato (inclusive ela faz uma reflexão muito interessante sobre o corvo).

Uma coisa interessante do filme é a relação dela com o cão. Ela mesmo fala que os dois não eram mais cão e mulher, eram uma coisa só, tamanha a relação entre eles.  Achei bonito essa noção de integração entre os seres vivos, sem distinção. A relação dela com os animais é íntima, ela trabalha duro na plantação e na caça, para se sustentar, mas também para manter os animais.




Para mim, o filme fala da solidão. E todos os acontecimentos - como a mudanças das estações, o vento, o sol, tudo - é motivo para reflexões da mulher. Filosofa sobre cada aspectos, por muitos podem ser banais, mas compunham a rotina dela: o tempo, a morte, as escolhas. Fala de como o tempo passa rápido e como se sente mover-se num tempo imóvel; como detesta matar animais; como estar fadada a fazer escolhas é algo pesado. E o quanto essas reflexões beiram a poesia em muitos momentos.

A mulher conta os dias e os meses, numa tentativa de se situar no tempo e espaço, mas talvez para tentar controlar o incontrolável, o imprevisível; também possa ser uma tentativa de afirmar que ela existe num tempo e num espaço, já que todos se esqueceram dela.


Esperei que o filme fosse ter um final dramático - já que as coisas se encaminhavam para um ápice comovente -, mas, como a protagonista anunciava ao longo do filme, nada de dramalhão ou insanidade, a mulher simplesmente aceitou o destino calada e passiva.

No cartaz em inglês, tem a seguinte frase (traduzida no Google Tradutor): "Dentro de cada um encontra-se uma verdade onde só o deserto pode revelar". Talvez a redoma invisível seja aquele espaço mais íntimo em cada um de nós que, isolado do mundo externo, podemos refletir sobre o mundo e sobre nós.

Nota: 8.

terça-feira, 24 de setembro de 2013

Ata-me! (Átame!)



É um filme de 1990 de Almodóvar que conta no elenco com Antonio Banderas novinho. O enredo são os inusitados temas almodovarianos, sobretudo, o proibido. Sexo, sequestro, violência, drogas. Esse filme me lembrou muito o A Pele que Habito, só que bem menos complexo, achei até algumas coisas forçadas (é claro que os filmes de Almodóvar falam muitas vezes do absurdo, o que quis dizer é que, admitindo o absurdo, algumas coisas foram forçadas).

A história é a seguinte: Rick (Antonio Banderas) é um jovem com um histórico problemático que é liberado de uma instituição psiquiátrica e tem um único desejo: casar-se e ter filhos com uma mulher que ele se apaixonou há 1 ano atrás.  Essa mulher, Marina, é uma atriz que está atuando na produção de um filme de terror B, mas que já fez filmes pornôs e foi usuária de drogas.

cena do filme de terror B
Rick é um galanteador, no hospital psiquiátrico em que ficou, se relacionou com várias mulheres, entre enfermeiras e a diretora do hospital, e comete delitos desde roubo de drogas até de carros. Marina é uma mulher atraente, seduz os homens sem querer (vide o diretor do filme).

Rick tenta se aproximar de Marina, mas a única forma real que ele vê de se aproximar dela é sequestrando-a, e acredita que ela irá se apaixonar por ele. Até aí já é inusitado, mas tem mais. Durante o sequestro, entre idas e vindas para aliviar a dor de dente de Marina, eles se conhecem mais, ao mesmo tempo que o círculo de amizades de Marina começa a procurá-la... Ele não vê outra alternativa senão fugir com Marina, mas aí é que acontecem reviravoltas no filme!




Achei "forçado" e fraco o desenvolvimento do filme, a forma como a história se desenrola, mas o desfecho tem sempre a marca única do diretor.

Gosto do Almodóvar pelas provocações que ele faz nos seus filmes. Ele aborda assuntos-tabus que ninguém fala e faz deles temas principais.

Nota: 6.





SPOILERS!



Então, Marina se apaixona por Rick.
Achei o desenvolvimento do filme fraco não foi porque Marina de fato se apaixona e vai em busca de Rick, mas que ela se apaixona não sei porquê motivo... Durante o cativeiro, chamemos assim embora ela tenha ficado na própria casa, eles pouco se conheceram... Ele foi mais violento e rude do que outra coisa, impunha medo e ameaçava Marina, a menos que ela tenha se apaixonado POR CAUSA disso. Mas acho bobo, seria como afirmar que, pela vida errante que Marina teve, só se interessaria por homens "errantes"... Acho simplório demais.
Quando a vi morrendo de amores quando ele volta todo machucado não acreditei! rs!




Tomada de cena incrível!
Quando Marina vai procurar Rick com a irmã na cidade onde ele nasceu e aquele final dos três cantando no carro, achei meio patético. Mas é um final bem almodovariano mesmo... Dá um desconforto ao ver um cara (Rick) que cometia furtos, burlava regras, se aproveitava das situações e que sequestrou Marina sendo procurado e amado. Almodóvar rompe com o convencional. Parece que desejamos e esperamos que aqueles que se encaixam no estereótipo de "mau", "cafajeste" e "ruim" se dêem mal, mas nem sempre é o que acontece... E mais, os dois fazem sexo, quer dizer, ela o deseja sexualmente exatamente no dia em que ele volta todo machucado da rua (ele foi buscar um remédio ou droga, não me lembro, para Marina e é espancado porque um grupo que ele havia roubado droga antes o viu e encurralou-o), como se ele tivesse feito um sacrifício por Marina, ela ficou comovida ao vê-lo machucado.
Almodóvar escreve histórias onde a sequestrada pede: "ata-me". 
Viva Almodóvar!

segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Vivendo (Zhit / Living)


Vivendo é um filme russo muito tocante. As interpretações são brilhantes e muito impactantes, fiquei muito impressionada.

O filme trata-se de um enredo de três personagens que perdem por morte pessoas muito próximas, e todas elas de maneira trágica, muito trágica, e o sofrimento que essas perdas provocam, e nesse ponto, as interpretações são muito intensas. É como se estivéssemos vivendo aquele sofrimento com elas.



Um personagem, que aparece menos, é o de um menino que espera ansiosamente a chegada do pai e convive com as grosserias da mãe que condena e desmerece esse sentimento do menino. Ao longo do filme acompanhamos a trajetória desse pai até o seu suicídio, as fantasias de reencontro do filho com o pai (que envolve as crueldades da mãe e do "padrasto") até a notícia da morte do pai.

o pai de Artem
Outra personagem é a mãe das gêmeas e ex-alcoolátra, Kapustina, é a personagem mais intensa na minha opinião. Ela perdeu a guarda das filhas e, depois de recuperar-se, recebe uma policial para uma vistoria na casa e finalmente é autorizado o retorno das meninas. As meninas são colocadas num trem (de maneira ilegal) e sofrem um acidente e morrem. Enquanto a mãe aguarda a chegada das meninas, conta um pouco da sua vida para a policial que fica em sua casa, que muito desgostosamente a ouve. Conta que depois que o marido morreu, começou a beber para tentar esquecer a morte do marido e a negligenciar o cuidado das filhas, ou seja, foi uma vida cercada de sofrimento e perdas e, quando parece haver um novo recomeço para a sua vida, as filhas morrem. A cena do enterro e o surto da mãe no enterro é muito impressionante.



A terceira personagem é Grishka, uma jovem de dreads longos, que acaba de casar-se com Anton. Na volta do casório, no trem, Anton é espancado até a morte por um grupo de homens, ela nada pode fazer e ninguém os ajuda.



Os personagens, após as perdas e cada qual da sua maneira, buscam contato com seus entes queridos falecidos, fabulam a continuação de suas vidas com eles, como se não tivessem morrido, aí surgem as criações fantásticas e lúdicas, as saídas para a morte. E essa é a parte mais dolorida, os fragmentos de vida e ilusão que sobram...

Kapustina acredita que suas filhas foram enterradas vivas e faz de tudo para ter um dia normal com elas. Grishka vaga, busca o padre que os casou e pergunta para que serve o Amor, bebe, se mutila. Artem (o menino que espera pelo pai), em meio aos seus delírios, somos levados a ver o seu pai andando pela cidade em sua procura e as maldades de sua mãe, mas tudo que o menino quer é o pai.

É um filme em que vagamos e deliramos junto dos enlutados e vemos o quanto é difícil e sofrido lidar com o momento do luto. Remontar a vida e seguir. Talvez as fabulações façam parte desse momento até para uma despedida simbólica do falecido, não sei.
O cenário gélido e escuro do filme ajuda no clima pesado de tristeza. Achei que faltou diálogos interessantes, mas as atuações e o clima do filme passam a mensagem, e muito bem.

Recomendação: se por alguma razão você estiver triste, não assista esse filme neste momento.

Nota: 9.

sexta-feira, 26 de julho de 2013

A pequena loja de suicídios (Le Magasin des Suicides)


Estava com muitas expectativas para esse filme, tudo me animava: o tema (não bastasse falar do suicídio, mas de uma loja para suicidas!!!) num formato de animação. Mas me frustrei... Uma pena... porque a arte da animação é bem bacana e o tema promete muito debate, e a animação permite muitas possibilidades.

A proposta do filme é a seguinte. Num lugar sombrio, as pessoas são tristes e não enxergam razão para continuarem vivas: são muitos os problemas, está tudo errado; só resta a morte. Fim de tudo. A família Tuvache tem um comércio herdado há gerações - uma loja de suicídio. Com o slogan:  "vous avez raté vous vie, réussissez votre mort...", algo como: "você fracassou na sua vida, supere na morte". Na verdade é uma loja que vende materiais para pessoas que queiram se matar, e garantem a qualidade dos produtos! São venenos, gases tóxicos, cordas, espadas, munição, insetos, ervas, etc... uma infinidade de coisas. É um negócio em que a família toda trabalha: o casal Tuvache (Michima e Lucrèce), a filha Marilyn e Vincent. O casal é simpático e atende muito bem seus clientes e pacientemente explicam os produtos em caso de dúvidas, os filhos são bem cabisbaixos... Marilyn sempre quis se matar por exemplo, mas a mãe não deixa para que ela herde a loja no futuro.



Até que nasce Alan, uma criança que sorri, fato inadmissível para os pais. Ele é alvo de constantes repreensões pelos pais. Deve se manter sério e carrancudo. Mas Alan saltita, assobia e ri, o tempo todo.
Ele então monta um plano (simples, diga-se de passagem) para reverter tal situação de tristeza generalizada. À propósito, seus pais se defrontam com o fato de que "vendem" a morte e isso os deixa abalados, mas para manterem o negócio da família, continuam.

Família Tuvache, da esquerda pra direita: Mme Lucrèce, Vincent, Alan, Marilyn e M. Michima
Coisas que não gostei: tudo bem que em animações tenha momento de musical (embora não seja uma regra), onde os personagens cantam e fazem performances, mas foi demasiado... Toda hora tinha uma musiquinha! Depois que o final foi muito decepcionante... Bonito foi que a mudança de entendimento da família se deu pelo riso de Alan, que, finalmente, os fez rir.



SPOILERS!

Ok, eles riram e conseguiram enxergar outra vida, mais colorida, mais bela, mas achei os "argumentos" fracos (se é que pode falar de argumentos, eles não "argumentaram", mas apresentaram "razões" para a vida ser colorida [em mais umas musiquinhas, é claro]), foi pouco poético e beirou a bobice... com flores caindo e as pessoas dançando... Tipo assim: "a vida é bela e a morte é feia", "eu vou me amar e todos me amam", "nenhum sonho é impossível"... Enfim, achei o final simplista demais.
Tudo bem que o amor traz à vida, mas a maneira como a Marilyn e o cliente (le joli garçon) se enamoraram foi repentino demais!
Legal a volta da loja, de produtos para a morte passa para uma creperia ("Aux bons vivants"), mas não entendi o tal "crepe de cianeto"... Será que o sr. Michima gostava de vender produtos para a morte? Por que ele vendeu? Não entendi. Quando me pareceu que a família Tuvache tinha mudado de idéia, ele vai e vende um produto para a morte. Talvez porque aquele cliente queria mesmo morrer, ele sempre comprava coisas na loja... mas como saber ter essa certeza? Camaradagem do Sr. Michima?

Como disse, esperei muito da animação e me frustrei. :(


Nota: 5.