segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Lista de filmes 12




  • ParaNorman - é uma animação que conta a história de Norman que é um menino que enxerga e fala com os mortos. Descobre que tem uma missão a cumprir: evitar que uma maldição caia sobre a cidade onde mora e os mortos se levantem. Fala sobre aceitar as diferenças. Achei o filme muito bobinho, talvez seja mais interessante para as crianças. Nota: 3.


  • Frankenweenie - é uma animação produzida por Tim Burton. É em preto e branco e tem aqueles traços característicos do diretor que remete a algo sombrio e meio bizarro. Victor é um menino que tem como melhor amigo o seu cão - Sparky - que num dado momento morre (isso não é spoiler). Victor utiliza do conteúdo das aulas de ciências para ressuscitar seu cachorro, mas é descoberto pelos seus colegas da escola, que também utilizam as mesmas técnicas para ressuscitarem seus animais que haviam morrido, aí dá uma confusão danada porque o "ingrediente" principal faltou: o amor pelo animal. Não gostei do final. Nota: 5.


  • Tropicália - é um documentário que analisa os impactos do movimento cultural Tropicália no Brasil. Para quem gosta de música brasileira e de história. Têm relatos de músicos, pessoas envolvidas com o movimento, cenas inéditas e muita música. Nota: 8.


  • Histórias que só existem quando lembradas - foi um filme enigmático pra mim, inclusive gostaria de conhecer outras  impressões. Me foi muito bem recomendado, mas não gostei do filme. É um filme lento e com poucos diálogos. Mostra a rotina de Madalena numa cidadezinha do interior habitada só por idosos. O lugar parou no tempo e a rotina é sempre igual. Quando chega Rita, uma jovem que está de passagem, a vida de Madalena parece se alterar: ela abre as janelas de casa e começa a pensar na morte. Nota: 4.

Rebelle - a feiticeira da guerra


 Rebelle é um filme sensacional! 

Começa pela narração de uma menina sobre sua vida ao seu filho, que ainda está na barriga. Komona, a protagonista, é raptada por um grupo rebelde para integrar a milícia que vive na floresta e combate o governo. Não se sabem as razões reivindicadas pelo grupo, só sabemos que vivem em guerra. Komona é forçada a matar seus pais e a viver como uma rebelde. Ela tem 12 anos. Vários outros jovens são capturados como ela e são treinados para matar.



Komona, assim como todos os demais guerrilheiros, usam drogas alucinógenas e revela um dom: consegue ver os mortos. Ela então é considerada uma feiticeira, que é levado muito à serio, e tem um certo prestígio por causa disso.


Mágico é um dos meninos que integra a milícia rebelde e revela estar apaixonado por Komona, pedindo-a em casamento, e eis que ela faz uma exigência aludindo ao que seu pai sempre lhe falava: namorar uma menina não é fácil, para isso é preciso que o pretendente lhe dê um galo branco. Um galo branco é quase um mito na região em que vivem, a maioria diz que não existe.

Essa história inocente de amor é o único alento dos dois jovens, que desconhecem qualquer outra forma de convivência que não sejam os trabalhos forçados da guerrilha e os combates contra os soldados do exército. A morte é tida como um acontecimento corriqueiro, simplesmente fazem o que mandam. Não questionam o porquê de terem sido retirados de suas terras e de suas famílias, o porquê de matarem, qual a razão de tudo aquilo. Vivem como acham que têm que viver.

Por um tempo, o casal foge do grupo terrorista, mas a feiticeira é levada de volta ao grupo à força. Daí pra frente tem uma reviravolta...


É um filme triste, que me fez pensar bastante. Primeiro, essa é uma realidade que infelizmente existe, a de recrutar jovens-soldados para a guerra, não só no continente africano, mas em bairros cariocas, por exemplo. Quem assistiu o documentário brasileiro "Falcão - os meninos do tráfico" sabe disso.
Outro aspecto que me fez pensar foi no sofrimento infligido aos jovens é ao mesmo tempo tão intenso, mas também tão aceito pelos personagens que dói com mais força. Não se faz nada, a única "reação" é aceitar placidamente os acontecimentos. 
Outra coisa que torna o filme mais interessante é o amor entre os dois jovens. O Mágico é petulante e corajoso, mas como é de se esperar, tem um final trágico e Komona é uma menina destemida. No fim fiquei pensando com o coração apertado: o que será dessa juventude?

Destaque para a trilha sonora que privilegia os cânticos locais. A fotografia é sensacional! A interpretação dos dois jovens principais é incrível!

Nota: 10