quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

O preço do Amanhã

Um filme que me chamou atenção pela idéia: numa determinada época, o tempo virou moeda de troca. Sensacional não? Mas me decepcionei profundamente com o filme...


A película conta a história de Will Silas (Justin Timberlake) que ganha uma quantidade enorme de tempo e se vê envolvido numa morte onde é suspeito de assassinato. Fugitivo, se infiltra na Zona onde vivem os ricaços (entenda-se "ricaços" como aqueles que têm mais tempo de vida) e, 'acidentalmente', sequestra a filha, Sylvia (Amanda Seyfried) de um deles para fugir, e claro, se envolvem num romance e tentam mudar o mundo (entenda-se, roubar tempo dos ricos e dar aos pobres. Lembra alguma coisa?).


O enredo tinha tudo pra dar certo: com os avanços da tecnologia, as pessoas só "envelhecem" até os 25 anos de idade, em contrapartida, só podem viver por mais 1 ano. Então o tempo passou a ser o item mais importante da vida, luta-se por mais tempo. As pessoas tem um relógio vital estampado no antebraço e podem trocar tempo entre si. Zerando o relógio a pessoa morre.


Os ricos são aqueles que têm muito tempo e os pobres sobrevivem contando geralmente com 24h por dia... Existem Zonas que são uma espécie de guetos onde os pobres vivem e existe a Nova Greenwich, uma zona para o ricos. Nas zonas pobres as pessoas morrem pelas ruas e correm, na zona rica tudo é organizado, bonito e caro. Lembra alguma coisa da nossa realidade? 


Existem bancos onde vende-se tempo a juros exorbitantes, ou seja, aos pobres é destinado mais pobreza e morte. Existe também os Guardiões do Tempo, tipos policiais que controlam o uso e a quantidade de tempo das zonas pobres, e são eles que vão atrás de Silas acusando-o de homicídio.


Sylvia, a filha do ricaço, sonha em viver fora daquela riqueza toda e sente inveja dos pobres... E quer fugir com Silas e fazer justiça. Ok. Mas isso me lembra mais alguma coisa também...


Clichês e coisas sem noção acontecem durante o filme todo. Algumas amostra: Silas se safa em todas as ocasiões e o xerife Guardião do Tempo perde em todas, a mocinha que nunca tinha pego num revólver acerta em cheio um Guardião; ela corre em todas as cenas num salto 15; as cenas em que Silas usa o revólver são toscas (nenhuma habilidade), o casalzinho capota num carro conversível e logo em seguida já saem correndo e logo em seguida já estão na Zona pobre (eles tinham acabado de sair da zona rica, são distantes obviamente), enfim, esses tipos de coisa que enfraquecem um enredo que seria excelente... As frases de efeito e os diálogos são fracos e as cenas de ação não convencem.


Ah, e tem a participação do ator que faz o Leonard em Big Bang Theory! Mas é uma participação pequena.


Tem até um princípio de discutir o que pra mim seria o mais interessante: qual o preço que pagamos para não envelhecermos? Quais os problemas da juventude eterna? A imortalidade é possível? Se sim, qual o preço dela? A ciência e a tecnologia tem limites? Aproveitamos o nosso tempo hoje? Se tivéssemos uma cota de tempo, o que faríamos com ele? O que faríamos para comprar mais tempo num mundo desses?
Mas só levantaram, não aprofundaram essas e outras discussões...


Nota: 2.

2 comentários:

  1. Ahh eu gostei do filme, mas é que filmes assim não conseguem aprofundar né... só ficam superficiais... mas o que acho interessante é isso sabe deixa a gente com gostinho de quero mais, ficamos nos questionando e tal... rsrs

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  2. É, filme é assim mesmo sempre tem seus defeitinhos

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