domingo, 22 de julho de 2012

Alamar (To The Sea)

Natan
Alamar é um filme adorável. É um filme curto e lento. Mostra como são as férias de Natan, um menino de uns 5 anos, com o pai numa ilha. 


Os pais são separados; a mãe mora na Itália com Natan e o pai é pescador e tem uma vida muito simples. Mora numa casa de madeira, sobre o mar (acho que se chama "casa de palafita") e pesca com o pai (avó de Natan) num mar que é lindo demais. Lidam com a natureza diretamente. O pai de Natan lembra aqueles nativos de ilhas desertas - anda descalço, tem cabelão, anda sem blusa, faz tudo manualmente e lida com a natureza de forma muito natural.


O "cenário", se é que pode se chamar assim, é um lugar paradisíaco e Natan é introduzido nesse mundo sem delongas. É tanta beleza "que cansa". A criança se dá muito bem com os animais, com a pesca, com os crocodilos, com as aves, enfim, observei que Natan, embora vivesse sua vida cotidiana numa metrópole, soube conviver com esse mundo muito bem. Me fez pensar que somos tão condicionados a acreditar que precisamos de "coisas" tecnológicas para nos divertir, trabalhar ou simplesmente viver, que ignoramos o fato de que uma vida simples tem seu valor e que é possível.

Natan, Blanchita de costas e o pai de Natan
Outra coisa que me chamou atenção é que Natan não era cercado de cuidados exagerados pelo pai ou o avó, foi um convívio apraz e sem acidentes. Numa cena em que Natan tá na beira de um rio brincando e seu pai o chama a atenção de crocodilos por ali, e realmente aparece a cabeça de um, aí pensei: "Putz, vai acontecer alguma coisa!". E foi interessante reparar que eu mesma esperava o pior, talvez porque para mim seja inconcebível deixar uma criança brincar num rio onde tenha crocodilos! rs! E nada aconteceu.

A fantasia de Natan tinha lugar ali tanto é que ele faz uma "encomenda" (são desenhos que ele faz e uma flor) numa garrafa e a joga no mar e também quando ele e o pai procuram por "Blanchita", a ave que eles estabelecem um contato próximo.

Ah, e acho que foi um documentário porque os nomes dos personagens tinham os mesmos nomes dos "atores".

Acho que todos nós gostaríamos de ter tido essas férias quando éramos crianças...

Nota: 7,5.

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