Hoje estou de “penetra” no Blog da minha grande amiga
cinéfila... Se bem que não estou propriamente como penetra, porque houve um
convite, mas um “auto-convite”, o que me permite considerar-me como penetra...
e tentarei ser comportada... (risos) muito embora minha “verve escrita” me faça
ser uma penetra meio “falante”... porque... sabe aquela regra de não escrever textos longos para não
espantar leitores? Pois é... eu não sigo!
Mas vamos lá para quem tiver fôlego de ler. Cosmópolis, lançado em 2012, é o filme
que venho me aventurar a fazer o que chamarei de “análise pessoal”. Até porque,
ver filmes é isso: o roteiro em cena fica um tanto inacabado sem a percepção do
espectador – não faz muito sentido contar uma história quando quem ouve (ou vê)
não se implica a fazer sua “leitura pessoal”. E “analisar filmes” é isso: a
descrição de uma leitura pessoal, com total liberdade, é lógico, de ser aceita
ou rejeitada. E faz parte da boa brincadeira esse jogo de “acordos”. Pode até
ser bem interessante discordar... E vamos à brincadeira:
Cosmópolis foi dirigido pelo canadense David Cronenberg e também é de sua
assinatura o roteiro. O filme, em
verdade, é baseado no livro homônimo do norte-americano Don DeLillo – escritor
que adora dar uma de cronista da “atualidade atualíssima”, e o tema “tecnologização
da vida”, e seus preços para a existência humana, é uma constante em seus
textos. Cosmópolis, o livro, foi escrito em 2003, portanto, antes da grande
crise estourada em 2008. Noutras palavras, é socialmente atento o escritor...
Para começar, Cosmópolis é estrelado pelo ator Robert
Pattinson, o “eterno e queridinho” vampiro da saga Crepúsculo. Para os amantes de Crepúsculo e enviuvados com
o final da saga, saibam que Robert Pattinson possui vida fora de Crepúsculo, e
foi muito bem neste filme que, embora não haja vampiros apaixonados, há o
vampiro sociopata da nossa realidade cruel: o capital que a todos suga –
vampiro esse uma vez mais na pele alva de Pattinson. Para os não chegados a
“vampiros fofos” e até os que nutrem profundas ojerizas à série Crepúsculo,
larguem suas resistências e dêem uma chance ao rapaz, ele realmente atua bem no
filme; além do mais, tem gente de peso no elenco: Juliette Binoche, Paul
Giamatti, Mathieu Amalric, Samantha Morton entre outros bons no assunto
“telona”, que garantem os motivos para esquecer Crepúsculo e ver Cosmópolis... O
filme de Cronenberg não chega a ser primoroso como “obra de arte”, nem é para
ser. É um filme duro, meio indigesto, porque descreve – A MEU VER! – a personificação
do capitalismo em pele e osso no personagem principal, o ricaço Eric Packer (Robert
Pattinson) – ou o contrário, que dá no mesmo. Ou seja, imagina uma pessoa
encarnada como capitalismo – e vice-versa? É a história do personagem principal
neste filme!
No filme tem de tudo um pouco do que traceja nossa
atual fase histórica por alguns historiadores e sociólogos chamada de “Hipermodernidade”:
há aquela avalanche de riqueza sem fim nem limites nas mãos de meia-dúzia de
gente (representada sob o insistente cenário feito no interior de uma limousine
branca – o filme se passa, creio eu, em 90% de cenas dentro de uma limousine high tech!); há uma crise tremenda
explodindo lá fora para a indiferença absoluta dos ricaços; e há também cenas
de sexo, nudez explícita, assassinatos, violência e, lógico, tiros e sangue...
mas o que chama mais a atenção são as constantes mensagens de atitudes imorais
e amorais do personagem principal – afinal, o capitalismo é imoral e amoral ao
mesmo tempo. Durante o filme – por sugestão minha, mas nada além de sugestão –
tente visualizar o “capitalismo em forma de gente” e daí... se entende a ação
do capitalismo – ou nem se entende, e se estarrece, porque a lógica do
capitalismo é mesmo indecifrável! Ou seja... filme bem legal... mas que exige
alguma atenção às nuances do personagem para ver nele o capitalismo encarnado.
Há até umas cenas com frases marxistas e outras bem na linha da filosofia da
Escola de Frankfurt (com destaque a dois de seus filósofos, Herbert Marcuse e
Walter Benjamin). Não se preocupe, caso você não goste de Filosofia ou teorias
sobre sociedade, economia e coisa e tal... tudo isso aparece no filme de modo
muito sutil, velado, pedindo do espectador apenas alguma percepção ao que
acontece em nossa realidade imediata, que é bem o estilo do DeLillo, ao usar a
tática da mensagem dita sem dizer o autor delas – e a mensagem fica posta e sua
essência transmitida; e nos deixa um desassossego incômodo... Em suma, livro e
filme são sobre o capitalismo e sua existência no tudo que não passa de vazios
constantes e sem escrúpulos, através de descrições
da pobreza existencial do personagem principal, em sua vida repleta de nadas
graças aos excessos que ele tem. Para quem quiser classificar o filme como
“filme psicológico” fique à vontade... eu não sei se eu iria a tanto, mas cabe
esta referência. Para mim, trata-se de um drama... um “drama social” numa
roupagem de “drama pessoal”. Enfim... cada um que faça sua “análise pessoal”
que está tudo certo: ninguém estará errado.
Vamos falar, então, do personagem principal. O garoto ricaço Eric –
repiso: a meu ver! – é a personificação ipsis
litteris do capitalismo: tem muito dinheiro (muito mesmo! Inimaginável até!)
e faz de tudo sem limites e quase sempre sem sentido nem regras “lógicas” – aliás,
cheio de lógica, a “lógica capitalista”: um tanto quanto incompreensível em
termos racionais mais dignos. O garoto é ao mesmo tempo imoral e amoral
justamente porque atende a esta única lógica capitalista: “servir a si mesmo”,
servindo ao seu vazio, o que só aumenta a vacuidade de sua vida e seus
(não)sentidos. Para mim, e por isso, o autor do livro homônimo, DeLillo,
conseguiu esta brilhantemente façanha: tirar a personalidade do capitalismo e reencarná-la
num “ser vivo”, ainda que ficcional, como é este Eric. Quero dizer... ficcional
para nós, reles mortais que, ainda bem, não habitamos o mundo dos negócios. Sinceramente,
eu não me surpreenderia se houver Erics, tais quais do filme, no 1% da
população mundial que é a de magnatas das corporações existentes no planeta.
Enfim..... o livro e seu filme nos aproxima desta realidade... surreal? Não...
bem real mesmo! Que é a pulsação arritmada do capital voraz sem
remorso – inventado, espraiado e magnificado por gente como o Eric.
Há cenas que merecem ser citadas... decerto sob minha
“análise pessoal”... Puxo os holofotes para as seguintes:
(1) No
filme, a atriz Samantha Morton traz uma ótima fala sobre o dinheiro: ela está
na limousine (bem... como já descrevi, boa parte do filme é na limousine, então
esta referência de cenário não pontua muita coisa!) e com o tal ricaço Eric
(mas que garoto pedante e incrivelmente inseguro ele é, gente!); ela,
parece-me, é algum tipo de marchand (não sei ao certo, pois ela aparece em
cena apenas neste momento). A moçoila, então, descreve algumas verdades:
“Agora toda riqueza é riqueza para o seu próprio bem.” – Isso é bem marxista. Karl Marx falou algo bastante próximo a isso quando descreveu alguns conceitos para o capital, e numa leitura concisa podemos traduzir a partir de Marx: “capital é o dinheiro que não produz nada além de dinheiro”. Enfim, a personagem não coloca nenhuma novidade aos que conhecem Marx, mas para quem não conhece, traz Marx em uma versão, digamos, “hipermoderna”, ou seja, mais nua e crua ainda... E aí... olha a telona citando Marx para a galera! Adorei!!!
Em seguida ela diz: “Como a pintura, o dinheiro
também perdeu sua qualidade narrativa. O
dinheiro está falando por si mesmo.” Esta constatação de que a Arte (pintura)
perdeu “sua autenticidade” é típica da Escola de Frankfurt: pela breve citação
no filme, e tomando-se emprestadas algumas inspirações de Walter Benjamin, aqui
podemos apontar para a qualidade narrativa que o tempo resguardava à eloqüência
da obra original, e que foi perdida graças à produção e reprodução sem fim de
cópias que jamais falam através do “brilho”, da “aura” da obra original – tudo
isso em nome dos lucros dados pela obra ora copiada e multiplicada. Tal cópia
que não é mais Arte, não narra nem comunica nada, apenas decora e cumpre a
oração capitalista de reproduzir-se exaustivamente esposada aos lucros, nada
além. No entanto, pessoalmente, me perguntei qual teria sido a qualidade
narrativa (perdida) do dinheiro, mas que ele hoje “simplesmente é”, eu não
tenho dúvidas! Aliás, no fluxo desta minha interpretação bastante pessoal,
penso que talvez a qualidade narrativa do dinheiro tenha sido a de contar fábulas:
aquelas da “utopia modernista clássica”, do século XVIII para o XIX, que
prometia A TODOS o mundo encantado, a conquista suprema e o eterno delírio dos
sentidos após a fortuna acumulada. E como toda fábula... nada mais é do que uma
“bela” história sem o menor compromisso com a realidade........ como o futuro –
hoje presente – bem demonstrou: a fortuna definitivamente não é para todos. Na
mesma cena – aliás, um plano de cena que dura poucos minutos, e é bastante
reflexivo e crítico para quem gosta de saber um pouco mais sobre capitalismo e
as estripulias do capital – em segundos depois a personagem de Samantha Morton diz:
“Dinheiro faz o tempo”... Ora... note-se bem, ela não disse “tempo é
dinheiro”, ela disse pior! E este pior é que é o centro da coisa toda! O
dinheiro faz nosso tempo atual ser como é! Louco, desvairado, adoecedor e...
que implica no surgimento aos magotes de existências pobres, paupérrimas de
sentido – vale lembrar que tem muita gente morrendo fora da telona por causa
deste tipo de vida, onde “tudo é para ontem” e não entende por que isso mata
aos poucos e diariamente. Nesta cena, a personagem vai além dizendo: “O
relógio acelerou o crescimento do capitalismo.”.... e seguem os dois,
Samantha Morton e Robert Pattinson, discutindo sobre tempo e capitalismo! Em minutos, é uma aula de sociologia sem uso
de livros, textos longos ou autores difíceis. Muito boa a cena! A-D-O-R-E-I!!!!!!
(2) A cena em que o Eric bate um papo com seu guarda-costas (Kevin
Durand) diante de uma quadra de basquete, é a descrição fidedigna da ação do
capitalismo: quem mais serve ao capitalismo diligentemente confiando nele, é o
que mais fulminantemente sucumbe pelas mãos do capitalismo. Cena forte e...
inusitada!!! Ela fez-me lembrar daquela estorinha sobre o escorpião e o sapo
(acho que é um sapo): o sapo ajuda o escorpião a atravessar um rio, e quando
chegam seguros na outra margem do rio, o escorpião dá uma picada letal na
cabeça do sapo; o sapo em seus últimos segundos de vida pergunta ao escorpião:
“Por que você fez isso? Eu te ajudei!”, o escorpião responde: “Não sei por que
eu fiz; só sei que minha natureza irresistível é essa.” Enfim.... natureza de
escorpião traduzida em natureza de capitalismo, envolvendo o mais dedicado
guarda-costas. Coitado... Bem, vá conseguir entender uma cena desta no filme! “Basta”
conseguir entender o capitalismo! Coisa absurdamente difícil, convenhamos....
(3) A cena em que o Eric finalmente chega ao bendito barbeiro (George
Touliatos) para cortar o cabelo, e passa mais da metade do filme para chegar lá
– coisa que achamos por este tempo todo (em mais de 1h de filme, gente!) que
faz parte dos caprichos quase obsessivos do Eric – explicou muita coisa! O
barbeiro é a ligação familiar do Eric (sim, os magnatas não nascem de
chocadeiras!) porque o barbeiro conheceu o pai do Eric como gente, se
refere ao pai dele como gente, assim como o barbeiro conhece o Eric como gente.
Aliás, o personagem do barbeiro parece ser a única alma com salvação no filme! Talvez
seja, a cena com o barbeiro, a representação do encontro da humanidade que
existe no capitalismo. Porque... ora.... capitalismo é criação humana, né? Não que
o capitalismo seja “humanizado”, mas os humanos que manipulam o capitalismo...
são humanos – leia-se: têm fragilidades (das grandes, devemos admitir!). Não à
toa o Eric passa por inúmeros contratempos e esquisitices para chegar a este
barbeiro... Bem, dando uma de “psicóloga de botequim”, penso: seria a tal
“busca de si mesmo”? Talvez sim. Talvez seja a isso que DeLillo faça
referência: a busca do si mesmo que está lá, nalgum lugar, mesmo que numa velha
barbearia. No barbeiro dá um pouco para “entender” o que o Eric queria
quando descartou o guarda-costas: ficar sem proteção... se livrar das amarras
de ter tanto mas ser escravo do tudo, e ver-se obrigado a ser vigiado e
protegido 25 horas por dia, 8 dias por semana: a liberdade não é
companheira de quem tem tudo, este é o preço. Sei lá.... o capitalismo hoje
quer ser menos “amarrado” e, assim, ficando mais exposto? E daí... armando sua
própria ruptura? Afinal, a falsa liberdade diante de ter tudo é traduzida pelo
ficar eternamente sob a “Espada de Dâmocles” (para saber o que é, leia em: http://pt.wikipedia.org/wiki/D%C3%A2mocles).
Há prisão maior? Há maior contradição que a não-liberdade capitalista impõe aos
seus mais ilustres eleitos ricaços? E isso francamente cansa. Melhor morrer de
uma vez! Então... talvez sim, Eric estivesse, no barbeiro, dando seus primeiros
sinais de ruptura de si mesmo. Acho que foi isso o que DeLillo quis dizer...
até porque... o barbeiro (seria ele a “consciência” de Eric?) joga na cara do
Eric que ele está querendo esta exposição, esta não-segurança... esse risco de
morrer (coisa que o Eric já demonstrara noutra cena “caliente” com a mulher
daquele fiel porém literalmente traído guarda-costas). Noutros termos, as cenas
no barbeiro são as mais, digamos, “sensíveis” do filme. Mas pára por aí.
(4) A última cena do filme, uma conversa entre Eric e o personagem do
ator Paul Giamatti, penso ser ótima! Das melhores a meu ver. Este personagem é
um cara que diz “Você acha que pessoas como nós não existimos?
(...) Nós existimos!” e que, portanto, para mim, este personagem,
Benno, representa as pessoas sobre as quais o capitalismo cospe e passa por
cima. Há outras frases ótimas nesta tomada de cenas. Benno diz para o Eric: “Toda
sua vida é uma contradição. Por isso você está arquitetando sua própria queda.”
E não é isso o que os movimentos de resistência anti-capitalista, fartos e
tomados de ódio amargo (com toda razão!) dizem ao capitalismo? Enfim.........
antever a ruptura certa do capitalismo não é conhecimento privilegiado dos pensadores
sociais críticos. Eles pressentem, traduzem isso, e burilam uma análise mais a
fundo daquilo que, todavia, tantos massacrados já bem sabem, porque sentem no
corpo há tempos o peso de um velho gordo barbudo, ganancioso mas já canceroso,
chamado capitalismo. Uma cena bem na linha da filosofia frankfurtiana, mormente
quando Herbert Marcuse já vaticinava as convulsões que o capitalismo expiaria,
agudizando marchas a crises inelutáveis – vale lembrar que Marcuse, em 1967,
anunciou em público tal coisa e em Maio de 1968 uma enorme crise gritou e
sangrou por inúmeras avenidas européias. O interessante também é que o senso
suicida do mimado Eric fica mais “óbvio” no encontro com o personagem de Paul
Giamatti. Na minha análise – ok, uma “elucubração” pessoal, confesso – trata-se
de uma boa discussão quase existencial entre os resistentes, ou revoltados, ou
massacrados, e o sistema capitalista; em suma, entre Benno e Eric. Durante tal
discussão, Eric – o sistema em essência – quer se dar um tiro na boca, mas ele acaba
atirando na própria mão (incrível que Benno – as massas cansadas em essência – ainda
ajuda Eric a estancar o sangue na mão!). Belíssima e sutil analogia acerca de
que até os que não vão com a cara do capitalismo fazem alguma coisa, mesmo sem
saber, que mantém o sistema sobrevivendo. O sistema capitalista padece porque o
próprio sistema se sabota – inevitável devido à sua natureza de escorpião capaz
de picar até a si mesmo. E no filme, este é um motivo a mais para que os
revoltosos queiram matar o capitalismo. E eis o clímax: segundo a ótica do
filme, querem matar o sistema nem tanto por ele ser tão amoral e imoral... mas porque...
esperavam que o sistema não fosse tão frágil e os salvassem! Os curassem! O que,
logicamente, nem de longe o capitalismo o faz. E o que acontece no filme?....
Vejam lá....... Limito-me a dizer que o roteirista joga a bomba. Que, na
verdade, traduz nossa incógnita atual bem real fora dos cinemas: o capitalismo
morrerá por si mesmo? Ou pelas mãos dos amotinados frente esta crise que se
agiganta e nos impõe decisões de atirar (ou não)? Que rufem os
tambores....
Para finalizar, é do meu feitio prestar muita atenção
a uma trilha sonora de filme. Amo música, e filmes têm a magia de usar e abusar
da música para nosso enlevo ou tensões... o que, sem percebermos, nos amarra
aos filmes. Tenho duas colocações a fazer sobre a trilha sonora de Cosmópolis:
(1) Ela é assinada pelo compositor canadense Howard Shore e pelo indie rock – vulgo “rock independente” – da banda, também canadense, METRIC. É bem legal... mas, me perdoem... os fundos de guitarra lembram muito o estilo da banda U2, só falta entrar a voz do Bono Vox. Para quem quiser ouvir, eis a música “http://www.youtube.com/watch?v=-B8SzX7bSZk
(2) Tem uma música bem legal do rapper e poeta somali-canadense
Enfim.......... bom filme!!!!!!! Eu achei!!!! Muito
bom!!!! NOTA 10!
Não sei se concordarão... caso não concordem, está
tudo certo... porque ninguém estará errado.
Convidada especial: Evie!
ResponderExcluirOi queridas Verônica e Evie! Com muito menos estilo literário e propriedade de escrita, risos, aproveito para compartilhar algumas questões que me ocorreram lendo sua análise Evie...
ResponderExcluirSabe os questionamentos e problematizações que você levanta em torno da narrativa do capital na cena 1: fiquei pensando no autor Boltanski que nos fala do espírito do capitalismo e exatamente desta periodização que você coloca quando a narrativa do capital era claramente burguesa, à época o capitalismo ainda dialogava com dimensões sociais para além dele mesmo, e a moral da acumulação do espírito do capitalismo à época se justificava pelo intuito de deixar um patrimônio aos membros familiares futuros.
Já na cena 2 não sei dizer se o guarda costas foi mesmo um bom sapo, não sei se ele tivesse evitado a torta na cara no capitalismo, por exemplo, se ele teria sido poupado, mas que houve clara falha da eficiência dos mecanismos de segurança do capital, houve e por isso ele foi eliminado.
De fato são ótimas, na verdade excelentes, suas análises das cenas 3 e 4.
Adorei os comentários a respeito das trilhas sonoras, e tomarei seu exemplo para passar a me ligar mais nisso e perceber a música que acompanha a devida imagem, risos.
Beijos!
Adorei o Blog Verônica!
PS Incrível o "papel" de fundo ou de parede do Blog, gostei!
ResponderExcluirBjs