quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Django Livre (Django Unchained)


Devo confessar que não gosto muito do estilão dos filmes de Tarantino, mas gostei muito do Django Livre! É um filme com muita ação, drama, sangue e, claro, vingança. A vingança é o enredo principal do filme (bem como o de todos os filmes do Tarantino! rs!).

O contexto do filme é ambientando em pleno faroeste americano, antes da Guerra Civil Americana (Guerra da Secessão: 1861-1865), e existia a escravidão. O filme não nos poupa em mostrar os castigos, a exclusão e as humilhações infligidos aos negros. É muita angústia...

 


O filme se inicia com Schutz (Christoph Waltz), um caçador de recompensa,  que está em busca de um escravo que tem informações que ele precisa para caçar suas próximas "fontes de renda". Schultz trabalha para a Justiça, não é um matador por conta própria, tanto é que ele sempre se explica mostrando um mandato de algum juiz. Django é esse escravo que conhece as vítimas. Schultz o compra e fazem um acordo: Django mostra pra ele quem são as pessoas e o liberta no final da empreitada.

Django, ainda escravo à esquerda; Schultz à direita



Schultz é um senhor respeitador e educado que faz da lábia sua grande aliada. Ao longo da viagem, Django lhe confessa que após ser libertado, procurará por sua esposa que foi vendida para algum escravocata. Schultz, sensibilizado, faz outra proposta: trabalham juntos até o final do inverno, juntam dinheiro e vão em busca de Broomhilda, uma escrava que fala alemão. Schultz se justifica dizendo que ele jamais se recusaria a ajudar Django, que é similar a um guerreiro de uma lenda alemã, só que vivo.
Nessa longa jornada, Django vai se mostrando cada vez mais destemido e se destaca pela mira precisa, pela ousadia e pela forma como aprende a usar um discurso persuasivo tal como Schultz. Naquela época e nas situações em que os dois vivem, ou se conta uma boa e convincente história (e claro, ter uma impecável interpretação) ou a vida corre sério risco...

Django e Broomhilda
  Quando encontram o paradeiro de Broomhilda, elaboram um plano: fingem serem traficantes de negros lutadores para se infiltrarem e conquistarem a confiança de Calvin Candie (Leonardo Di Caprio), um jovem e poderoso proprietário de terras e fanático por lutas, dono da esposa de Django. Stephen (Samuel L. Jackson) é um criado antigo de Calvin, muito observador e perspicaz, é quase um conselheiro pessoal. Pronto, tá armado um enredo que dura quase 3h, com muitas reviravoltas e sangue.

Sr. Stephen (Samuel L. Jackson) e Broomhilda

  Embora seja um filme longo, não é cansativo, eu fiquei apreensiva a maior parte do tempo. A sensação que dá em cada cena é: "isso não vai dar certo". 
As atuações foram muito boas, destaco o ator que fez o Django (Jamie Foxx) e Samuel L. Jackson que está brilhante.
A trilha sonora é beeem legal, bem Tarantino, tem desde músicas de faroeste até rap. Doses de drama e violência combinados com humor também aparecem. Destaque para a cena onde homens encapuzados tentam armar uma emboscada para Django e Schutz e discutem a qualidade dos capuzes - é cômica. 
As intromissões do Sr. Stephen (Samuel L. Jackson), apesar de grosseiras, são engraçadas. 

Calvin Candie - cena tensa!
Posso dizer que Django, o personagem, é incansável. Está disposto a fazer tudo o que for possível para resgatar sua esposa (até se passar por um negro que tem desprezo por negros). Schultz se torna um amigo incrível, disposto a dar a vida por Django.  

a luta entre os escravos



Embora eu tenha gostado, não foi um filme que me suscitou muitas reflexões... Enfim, é um filme com as marcas clássicas tarantinescas, quem é fã vai gostar muito (até quem não é, como eu, gostei).

Nota: 8.


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