segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Substitutos (Surrogates)


É um filme que se passa no ano de 2054 e todos podem ter o(s) seu(s) Substituto(s). O Substituto é uma espécie de ciborgue - corpo de robô com uma mente de humano - que todos os humanos podem adquirir segundo seus gostos, pode assumir qualquer feição física, à gosto do cliente. É bem interessante porque o filme explica como foi esse processo, do andamento da tecnologia até o desenvolvimento de máquinas que interagem com os humanos em perfeita conexão. Os Substitutos podem ter aptidões físicas de acordo com o desejo (e dinheiro) do cliente. É um avatar da realidade.

o aparelho onde se conectam com os Substitutos


E o processo de funcionamento do Substituto é o seguinte: a pessoa real, o humano, se conecta num aparelho que faz a integração com o Substituto. Ele age e pensa como o portador humano, mas tem corpo de robô, ou seja, a Terra assombrosamente conseguiu patamares de segurança a níveis extraordinários porque pode acontecer qualquer coisa com o Substituto que o humano não morre, é só adquirir outro. Outro detalhe importante é que praticamente ninguém sai de casa com o seu corpo real, só com o avatar. Contudo, espantosamente, começam a acontecer homicídios onde além dos Substitutos, os portadores também são mortos. Isso é totalmente inédito. São destacados para investigar uma dupla do FBI - Tom e a agente Peters (que tem um cabelinho terrível de feio!).

os Substitutos dos agentes Peters e Tom
Nesse mundo existe uma sociedade chamada Rastafari, onde seu líder prega a existência somente de humanos; ele diz que viver como robôs é uma grande mentira, que a vida não é isso. Vamos perceber aos poucos que esse líder é um tanto ditador...

o "Profeta"
Bom, mostrado brevemente o contexto do filme basta dizer que Tom vai descobrindo fatos surpreendentes que estão por de trás dessas mortes e acaba se envolvendo demais, até à ponto de tomar decisões que terão imenso impacto mundial (isso no final do filme) e que vai mudar a conjuntura social do mundo (uau, coisa norte-americana! rs).

a fabricação dos Substitutos
É flagrante perceber ao longo do filme de como as pessoas já não vivem mais, de como elas encerram sua existência num aparelho que as conectam numa outra realidade. De como usam os Substitutos para criarem uma fantasia em torno de si mesmas e em torno do mundo, do modo como os Substitutos podem ser excelentes maneiras de fugir da realidade (muito dura e difícil às vezes) e como isso gera grande sofrimento para os humanos que operam esses robôs. Me fez pensar de como hoje a tecnologia nos afasta das pessoas, dos encontros, do sofrimento. Quais serão os nossos Substitutos de hoje?

Nota: 9,7.

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